Ata - Reunião do CAFIL - 14/05/2013


Ata: Eric
Presentes: Mariana Simarro, Bruna Zenorini, Mateus Nucci, Eduardo, Johnnatas Ximenes, Rafael Lima, Gabriel, Lucas Timoteo,Lidia(CACH), Monique(CACH), Mahh, Mariana Maia, Bruna Felipin

PIMESP

Johnny leu o texto de chamada da reunião, a respeito da despolitização dos alunos da filosofia.

Membros do CACH compareceram para informar sob o ponto de vista do CACH e dar informes.

Eduardo chamou atenção para a importância de se usarem ferramentas filosóficas que dispõem os filósofos para levar a discussão. (exemplo: diálogo entre Sócrates e Górgias)

Monique esclareceu sobre o PIMESP e o parecer do CACH sobre o assunto. É uma proposta do governo de SP junto com o CRUESP para responder à demanda por cotas na universidade pública. As universidades não são obrigadas a adotar o PIMESP como ele está. Mas todas deverão alcançar 50% de alunos de escola pública até 2016.

Mariana perguntou sobre os detalhes burocráticos da implementação do PIMESP. Monique disse que deverá ser aprovado no CONSU. A tendência é que o CONSU use o PAAIS que já está em vigor na Unicamp.

Eric questionou se, visto que a tendência da Unicamp é não aprovar o PIMESP, que a gente discuta como utilizar os instrumentos que a Unicamp já possui (PROFIS e PAAIS) para alcançar um sistema de cotas que seja bom para os estudantes.

Lidia chamou a atenção para a inclusão racial, além da porcentagem de alunos de escola pública. Não é somente uma questão de inclusão, mas também de combate ao racismo.

Lidia diz que a mobilização não é só em relação à Unicamp, mas fazer pressão contra o PIMESP nas três estaduais paulistas.

Lidia chamou atenção sobre o caráter do PIMESP. Precarizante (não prevê
permanência estudantil), institucionalização do Ensino à Distância. Mérito (Vestibular). Projeto racista.

Eduardo questionou sobre a educação em geral. O ensino da Unicamp é
profissionalizante. Critérios de financiamento das agências de fomento.

Lidia falou da importância da inclusão racial na universidade para a própria
rediscussão dos currículos da universidade.

Eduardo levantou que a questão dos conteúdos é suprarracial.

Johnny retomou a questão sobre o ponto de vista da filosofia.

Eduardo disse que a questão poderia ser abordada filosoficamente começando por exemplo com a questão 'O que é educação?'.

Eric questionou sobre a necessidade de discutir sobre cotas conjuntamente à
discussão na melhora do ensino público.

Lidia falou que a inclusão racial e social ajudaria no debate da melhora do ensino básico.

Eduardo disse que a verba para educação deve ser aumentada e que existe um certo consenso quanto a isso. Mas que é importante discutir o que fazer com o dinheiro. Eduardo também reforçou que a educação básica deve ser discutida conjuntamente com a política de cotas e que poderia ter um prazo para que haja rediscussão (conforme Eric mencionou anteriormente).

Monique mencionou que o projeto de 10% do PIB vem atrelado a um projeto de educação, que envolve a valorização dos professores e outras coisas.

Eric disse que é preciso pensar nos problemas mais próximos a nós, por exemplo, no uso do dinheiro dentro do próprio IFCH. Eduardo manifestou aprovação.

Eduardo mencionou sobre a importância de se repensar o vestibular para que isso provoque uma mudança também no ensino básico, já que as escolas têm como demanda suprir aquilo que é cobrado no vestibular.

Eleições do CAFIL

Paulo informou que serão necessários membros da chapa dia 15 e 16 para a
realização das eleições do CAFIL. Serão providenciados.

Greve nas UNESPs

Lidia falou sobre a greve das UNESPs: Quando se discute as estaduais paulistas, a UNESP sempre é a "prima pobre" (recebe menos repasse do ICMS). Muitos campi experimentais (como o Ourinhos que está em greve), implementados em cidades do PSDB em que a prefeitura garante a infra-estrutura física. A precarização é muito alta nas UNESPs. Bolsas tem contrapartida de trabalho. No encontro de CAs da Unesp foi tirado o calendário de paralização das Unesps em todos os campi.

Mariana criticou a forma como a assembleia foi chamada por parte do CACH. A filosofia vai a reboque do que acontece no CACH, e poderia ter sido trabalhado de forma conjunta.

Lidia concordou com as criticas, mas defendeu a forma de atuação do CACH nesse caso para não perder o momento das mobilizações estaduais.

Paralização

Lidia disse que a paralizacao de hoje foi composta de três atividades. Foi chamado um representante da frente pró-cotas e um aluno da Unesp de Marília. Foram chamados professores e funcionários para participar da mesa à noite para discutir os problemas relativos ao IFCH às 20h.

Houve piquete para impedir que houvessem aulas da ciências sociais.

-Avaliação de Curso

Foi feito avaliação de curso na história mas não houve da ciências sociais.

Na filosofia, o coordenador de curso nem mesmo sabia que haveria avaliação de curso. Foram debatidos os mesmos temas que constantemente são discutidos no âmbito da avaliação e que nunca se resolvem.

Mariana sugeriu que houvesse atuação conjunta do CACH e do CAFIL para resolução de problemas comuns dos cursos, como por exemplo a falta de professores.

CAFIL e Filosofia

Mariana disse que essa reunião teve caráter mais informativo e que seria difícil deliberar algo quanto ao CAFIL.

Johnny falou novamente sobre como discutir no âmbito filosófico, como construir um debate com os alunos da filosofia (politização filosófica). Trazer professores para debater temas.

Lidia mencionou a dificuldade de conseguir mobilização dos alunos. Ela propôs que fossem feitos debates filosóficos com professores e chamar também pessoas da frente pró-cotas, por exemplo.